sábado, 26 de julho de 2008

Tabagismo Materno


Muitos estudos informam que o tabagismo materno retarda o crescimento fetal: RN (recém nascido)filhos de mãe fumantes tendem a pesar (170 a 400g), (150 a 250) (100 a 300) a menos do que aqueles de não fumantes. Uma mãe que fuma tem chance da dar a luz a um RN de baixo peso de 2 vezes em relação à mãe não fumante. A associação entre o fumo e menor peso de nascimento independem de outros fatores maternos como idade, peso, estatura, raça, paridade e classe social, etç. Foi demonstrado que a influência do tabagismo é relacionada à dose, com o número de cigarros por dia, sendo inversamente proporcional ao peso do nascimento . Estima-se que a criança deixe de ganhar de 10 a 20g de seu peso para cada cigarro dia fumado pela mãe. Fumar durante a gravidez “ completa” é pior do que fumar durante “ parte” da gravidez. Em estudo, encontrou-se que os filhos de fumantes tinham menor estatura e menor circunferência cefálica; pensa-se que isto tenha relação com as substancias tóxicas: monóxido de carbono e cianeto ( da fumaça do cigarro). O estudo sugere que para equilibrar este retardo de crescimento in útero, deve ser encorajado o ganho de peso materno. O RCIU ( Retardo do Crescimento Intra Uterino) é duas vezes maior no grupo de fumantes quando comparado ao de não-fumantes. O monóxido de carbono cruza a barreira placentária e a concentração fetal desta substância chega a ser 2,5 vezes maior que no tecido materno, levando a diminuição da hemoglobina útil e conseqüentemente comprometendo o crescimento intra uterino.
Na Inglaterra , foi feita uma pesquisa que revelou diferenças significativas na altura e aquisição de habilidades na leitura aos 7 anos entre os filhos de mães fumantes e não fumantes →os filhos de mães que fumam de 10 ou mais cigarros por dia durante a gravidez eram em média 1 centímetro mais baixos e 3 a 5 meses atrasados em leitura, matemática e capacidade geral comparados, com a prole de mãe de não fumante. O fumo pode exercer efeito sobre a nutrição fetal através de vários mecanismos:

Produzindo hipóxia uterina, o que retarda o crescimento fetal;

Reduzindo a pressão parcial de oxigênio no sangue arterial materno produzindo RCIU;

Provocando diminuição na perfusão placentária, vasoconstrição e taquicardia porque a nicotina libera catecolaminas, levando a diminuição da perfusão periférica e conseqüente redução do fluxo útero-placentário e diminuição da perfusão tecidual fetal.

O cianeto, componente da fumaça do cigarro, pode também desempenhar seu papel no desenvolvimento do RCIU, pois pode depletar as reservas maternas de B12 e utilizar a.a. essenciais (aminoácidos)o que vai competir com as demandas fetais. Em uma pesquisa realizada, as mulheres com peso deficiente e que fumavam mais que um maço de cigarros por dia durante a gravidez tinham 3 vezes o número de filhos com índices de a apgar( ver: OBS) baixos quando comparados com filhos de mães de peso normal.
Entretanto em um estudo realizado por Nóbrega entre 1978 e 79 encontrou a relação fumo com BPN ( Baixo Peso ao Nascimento) apenas nas mães de classe socioeconômica baixa.

OBS: Apgar é um teste de avaliação das condições do Recém Nascido realizada aos 60 segundos de vida e repetida aos 5( o mais importante) e 10 minutos de vida. São avaliados a freqüência das pulsações ou batimentos cardíacos, esforço respiratório, tônus muscular e irritabilidade, cor da pele .

Maconha :

São consideradas usuárias moderadas as que consomem de 2 a 5 cigarros por semana e usuárias pesadas as que fumam acima de 5.
Efeitos sobre a mãe ( controversos) parecem relacionar-se com aumento da anemia, ganho ponderal inadequado, diminuição no tempo de duração da gestação aumento na duração do trabalho de parto. Sobre o feto RCIU, aumento da incidência de liquido amniótico meconial e de aberrações cromossômicas.


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