terça-feira, 20 de setembro de 2011

Onicofagia é o hábito de “roer” as unhas


A onicofagia costuma acontecer de forma inconsciente em meninas e meninos, exatamente igual ao hábito de chupar o dedo e, além disto, tem efeito placebo.

Fatores que podem solucionar duas dúvidas sobre o tema:

Existem períodos críticos quando este hábito aparece e estes costumam coincidir com períodos de inatividade manual: quando a criança está vendo TV, quando está na classe escutando uma explicação, quando não existe uma atividade definida, quando estamos de férias e acontecem períodos mais longos de inatividade... É importante identificar o agente causador do stress que induz a criança a comer unhas em cada um dos períodos críticos antes mencionados.

É interessante conhecer se existem antecedentes familiares que tenham servido direta ou indiretamente de exemplo a criança.

Aspectos a ser considerados

A tomada de consciência da importância das mãos e das unhas é fundamental, e pode ser seguidos por meio de jogos, poemas...

A ocupação dos momentos críticos com atividades que desloquem o hábito é conveniente; como também o treinamento para “percebê-lo” e evitá-lo (é interessante praticar com a criança comportamentos que desviem o interesse em roer as unhas, como, por exemplo, apertar os punhos fortemente no momento em que sinta a ansiedade de levar à mão a boca).

A aplicação de um programa de reforço positivo, premiando as aproximações sucessivas à conduta desejada (não roer as unhas), é um pilar fundamental para a desaparição deste hábito.

O conhecimento de que as melhoras se observam em longo prazo é importante para os familiares da criança, ainda que os avanços possam ser muito rápido no momento em que a criança comece a tomar consciência da importância do cuidado de suas mãos e suas unhas.

O que fazer se não estamos seguros de quando, onde e por que roem as unhas?

Registramos:

Situações nas que acontece o hábito: data, hora, momento critico, pessoas presentes, lugar...

O que faz a criança? Como aparece o hábito e qual pode ser o agente causador do stress?

Situação posterior: como reagem as pessoas presentes quando a criança rói as unhas? Acontecem comentários negativos para inibir ou inclusive reforçar mais o hábito?

Reforços positivos mediante á conduta desejada (não roer as unhas)

Tipos de reforço: os reforços podem ser internos (a criança se sente orgulhosa de haver progredido no controle de seu hábito) ou externos (prêmios materiais, como guloseimas, figurinhas; prêmios sociais, como a aprovação dos demais, ou premio de atividades, como ir ao cinema).

Quando reforçar? Imediatamente ou em longo prazo. No inicio é conveniente o reforço imediato.

Frequência: cada vez que apareça a conduta desejada ou uma aproximação a ela, ou também de vez em quando. Nos estágios iniciais é conveniente a primeira das opções.

Modo de reforças: diretamente (expressando em voz alta o sucesso conseguido) ou in diretamente (contando a uma terceira pessoa para que a própria criança escute e sinta importante).

Prêmios e castigos

Os prêmios:

Devem ser oferecidos pelo nível de superação da criança.

Devem ser desejado pela criança.

Devem ser introduzidos durante o processo, não deixá-los para o final.

Premiaremos mais o esforço que o êxito do objetivo.

Reconhecer o desafio, e cada vez o esforço para consegui-lo será maior.

O que se tenta conseguir é substituir os reforços externos por reforços internos, de maneira que o processo de desaparição do hábito interiorize.

Os castigos:

Nunca ridicularizar ou gritar em público quando a criança roer as unhas.

Não descontrolar-nos perante a repetição do hábito.

Nunca dizer à criança que não gostamos dela, ou que ninguém vai amá-la se continuar a roer a unhas.

Não utilizar castigos relacionados com tarefas que sejam difíceis e pouco relacionados com o tema (como, por exemplo, obrigar a criança fazer lições que sejam muito trabalhosas).

Fonte Educação infantil